Resultados preliminares

A Terapia de Exposição Narrativa no contexto da violência urbana crônica

Uma em cada três pessoas que vivem no Rio de Janeiro vivenciam um evento traumático em um período de 12 meses (Ribeiro et al., 2013). Espera-se maior prevalência em regiões marcadas por elevados índices de violência. Consequências psicológicas incluem transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), depressão e outros problemas de saúde mental (Lewis et al., 2019). Abordagens terapêuticas focadas no trauma são recomendadas como tratamento de escolha quando o evento ameaçador já não esteja mais presente, permanecendo os sintomas. O ideal é que a vítima esteja em um contexto seguro durante o tratamento. No entanto, freqüentemente os sobreviventes do trauma não podem evitar circular por ambientes violentos e estressantes. O objetivo deste estudo é investigar a eficácia da Terapia de Exposição Narrativa em uma amostra de pessoas com transtorno de estresse pós-traumático e que vivem expostos à violência urbana no Rio de Janeiro. Veja o protocolo de estudo aqui.

Neste relatório preliminar, apresentamos dados do primeiro grupo de clientes tratados com Terapia de Exposição Narrativa versus grupo controle. No total a amostra representa 39 indivíduos (6 homens / 33 mulheres).

Proporção de clientes por grupo

Pior evento relatado por cliente durante entrevista diagnóstica

Todos os clientes relataram que vivenciaram mais de um evento traumático. Os diferentes tipos de acontecimentos traumáticos mais severos refletem a exposição à violência na comunidade, mas também na família.

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Gravidade dos sintomas do transtorno de estresse pós-traumático

Apesar da incidência inesperada da pandemia e da violência contínua, nossos dados mostram que a gravidade dos sintomas de estresse pós-traumático parece diminuir mais fortemente nos clientes que receberam Terapia de Exposição Narrativa do que naqueles que receberam tratamento controle.

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Conclusão

A Terapia de Exposição Narrativa apresenta-se como uma intervenção potencial em ambientes de violência urbana constante. Resultados conclusivos estarão apenas disponíveis em meados de 2022, após a realização das últimas entrevistas e tratamentos.

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